Coordenador do Gabinete de Assessoramento Eleitoral do MP, João Pedro de Freitas Xavier, avalia que o pagamento antecipado não configura irregularidade
A antecipação do pagamento do 13° salário do funcionalismo, anunciada pelo governo estadual nesta segunda-feira (17), tornou-se motivo de controvérsia na campanha eleitoral. O candidato Onyx Lorenzoni (PL), que faz oposição à administração tucana, avalia que a medida foi tomada em benefício do adversário, Eduardo Leite (PSDB).
— Mais uma vez usando a máquina — comentou Onyx, ao ser questionado sobre o assunto nesta terça-feira (18).
Por sua vez, Leite descartou qualquer vinculação do fato com a eleição, mencionando que a gratificação natalina será paga depois do pleito.
— Se há recurso disponível porque o estado organizou as contas, que bom. Não faz sentido que se punissem os servidores os fazendo esperarem para receber o 13º quando o Estado tem recursos em caixa para fazer esse pagamento.
O ex-governador lembrou ainda que o governo federal propôs uma alteração na Constituição Federal para conseguir pagar o Auxílio Brasil, de R$ 600, durante o período eleitoral.
— Nessa ótica dele, isso é o uso da máquina, quando eles defendem essa ação. E nós não contestamos, pela necessidade do povo mais pobre de ter o apoio financeiro.
Questionado nesta terça-feira (18), o coordenador do Gabinete de Assessoramento Eleitoral do Ministério Público Estadual, João Pedro de Freitas Xavier, informou, por meio da assessoria, que “o pagamento antecipado, em princípio, não configura irregularidade”, a não ser que “seja comprovada conotação eleitoral”.
*Fonte: GaúchaZH