Catalisado pelo projeto, um investimento de R$ 80 milhões desenvolveu a tecnologia de um "diesel verde" que será fabricado no norte gaúcho
“Um dia histórico hoje para os biocombustíveis”, disse à coluna o empresário de Passo Fundo Erasmo Battistella sobre a sanção pelo presidente Lula da lei do Combustível do Futuro. O texto integra a agenda verde do governo e conversa com os segmentos econômicos que Battistella mais tem apostado nos últimos anos. Hoje, ele comanda a Be8, maior produtora de biodiesel no país. Também tem projetos para usina de etanol e produção do SAF, o querosene sustentável de aviação.
Para se entender, a lei do Combustível do Futuro prevê aumento da mistura do biodiesel ao óleo diesel, podendo chegar a 25% a partir de 2031. Entre outras mudanças, eleva a 35% a adição de etanol à gasolina e estabelece metas de descarbonização a partir do SAF.
O governo estima que vai destravar R$ 250 bilhões em investimentos do setor privado até 2030. Vários deles serão aqui no Rio Grande do Sul, diz Batistella, uma das pessoas que falou no evento.
— Nós mesmos vamos investir em mais produção de biodiesel. Trouxemos aqui na feira caminhão e máquina agrícola movidos a BeVant, que pode ser usado 100%. É o diesel verde brasileiro! Tem custo compatível para frotista, empresas de ônibus e mineração usarem. Nosso investimento na planta de Passo Fundo está sendo feito em função da lei do Combustível do Futuro — conta o empresário.
A coluna noticiou ainda em 2023 o investimento de R$ 80 milhões previsto pela Be8 para desenvolver e fabricar o novo biocombustível, feito de óleos vegetais, gorduras e óleos reciclados. Foram dois anos de pesquisa da tecnologia, criada por uma equipe gaúcha.