Prisão preventiva foi decretada pela Justiça em razão do risco que o religioso em liberdade representa a eventuais novas vítimas, segundo delegado
O padre investigado em Guaíba e em Porto Alegre por estupro de vulnerável foi preso novamente nesta segunda-feira (9) pela Polícia Civil. Diego da Silva Correa teve prisão preventiva decretada pela Justiça e foi capturado por policiais de Guaíba.
No dia 28, ele havia sido preso em flagrante por suspeita de armazenar pornografia infantil em casa, mas acabou solto depois de passar por audiência de custódia. Com a repercussão do caso, uma jovem procurou a polícia na Capital para contar ter sofrido estupro de vulnerável quando tinha 13 anos, em 2020. A partir dos dois casos, a polícia fez o pedido de prisão, que foi deferido pela Justiça de Guaíba.
O delegado Fabiano Berdichevski, que está respondendo pela delegacia de Guaíba, explicou que a prisão foi pedida em razão do risco que o padre em liberdade representa a eventuais novas vítimas:
— Ele tem acesso a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e pode oferecer perigo para novas vítimas.
Diego, que atuava na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, estava sendo investigado por suspeita de estupro de vulnerável que teria ocorrido em novembro, em Guaíba. Como parte da investigação, foi pedido mandado de busca e apreensão para a casa paroquial em que ele morava. Policiais encontraram dentro do roupeiro dele dois pendrives contendo imagens de “natureza lasciva, mostrando crianças em ensaios sensuais usando roupas íntimas”, tendo ao menos duas fotografias com a exposição dos órgãos sexuais de crianças. Por isso, foi preso em flagrante, mas solto logo depois.
Só que nova suspeita surgiu na Capital, quando uma jovem registrou ocorrência contra o padre. Os dois casos passaram a ser investigados juntos e basearam o pedido de prisão.
Contraponto
Zero Hora tenta contato com a defesa do padre Diego da Silva Corrêa. O espaço está aberto para manifestação.