Ação é conduzida após confirmação do vírus em granja de Anta Gorda. Foram traçados dois perímetros de vigilância, com raios de três e 10 quilômetros a partir do local onde foi detectada a enfermidade. Serão instaladas barreiras de desinfecção e de bloqueio
O governo do Rio Grande do Sul deu início a um plano emergencial para conter foco da doença de Newcastle, confirmada em uma granja comercial de Anta Gorda, no Vale do Taquari. As ações são coordenadas pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).
A estratégia foi validada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) nesta quinta-feira (18). Foram traçados dois perímetros de vigilância, com raios de três e 10 quilômetros a partir do foco.
Diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Marcelo Mota destacou que a notificação feita pelo próprio produtor, ressaltando a forte relação com o Serviço Veterinário Oficial.
Antes mesmo da confirmação, a secretaria já havia dado início para as ações de vigilância ativa, vistoriando três granjas comerciais no raio de três quilômetros do foco.
O plano de ações emergencial prevê visitas a 75 propriedades no raio de três quilômetros e mais 801 propriedades no raio de 10 quilômetros, incluindo granjas comerciais e criações de subsistência.
Além das inspeções, serão instaladas barreiras de desinfecção e bloqueio, com o objetivo de evitar a entrada e saída de aves, camas de aviário, esterco e outros materiais que possam transportar o vírus. Essas barreiras funcionarão 24 horas por dia, com o apoio da Brigada Militar.
A operação contará com mais de 70 servidores da pasta, distribuídos em quatro equipes por barreira, para garantir o cumprimento das medidas de contenção.
Se não houver novos casos, a operação deve ser concluída em duas semanas.
A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral que afeta aves domésticas e silvestres, causando sinais respiratórios, frequentemente seguidos por manifestações nervosas, diarreia e inchaço da cabeça dos animais, entre outros sintomas.
De notificação obrigatória a OMSA, ela é causada pela infecção por vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), virulento em aves de produção comercial.
Os últimos casos confirmados no Brasil ocorreram em 2006 e em aves de subsistência, no Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.