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Foto: Moraes é suspeito de ser o líder de uma organização criminosa envolvida no esquema, da qual fariam parte ainda a esposa e o filho dele, além de outros colaboradores da Asan. Segundo a Polícia Civil, o grupo utilizaria notas fiscais frias para fazer desvios de repasses que eram feitos para a instituição. O dinheiro acabava indo para as contas de uma construtora onde Moraes trabalha. Por exemplo: em um dos casos, o grupo teria feito o pedido de uma nota fiscal no valor de R$ 10 mil a um açougue. A casa de carnes emitiu a nota e cobrou o valor, mas só teria entregue algo em torno de R$ 300 em produtos. Em troca, o responsável pelo açougue recebeu cerca de R$ 150 pela emissão da nota e devolveu "limpo" para o grupo mais de R$ 9,5 mil. — Notas fiscais frias eram emitidas por comerciantes, prestadores de serviço, eles recebiam esse valor que saia da conta da Asan e ia para uma conta dele. Esses valores iam para uma construtora onde ele trabalha. Esses prestadores de serviço são pessoas ligadas à construtora — diz a delegada Raquel. A prisão Moraes foi preso em casa, um imóvel que fica no bairro Avenida. Segundo a delegada Raquel, a Justiça homologou o pedido da Polícia Civil porque o suspeito estaria interferindo na investigação. — Percebemos que testemunhas estavam sentindo um desconforto ao falar sobre o assunto ao prestar depoimentos. Descobrimos que ele tinha contato com as testemunhas e, inclusive, chegou a levar essas testemunhas intimadas pela gente para prestar depoimento na delegacia. Tudo isso foi comprovado por imagens — conta.
1 de outubro de 2024


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