Time vem de três jogos sem vencer; se ganhar a partida, ficará em situação confortável no Grupo F da competição continental
É estranho dizer para um time que só perdeu uma vez na temporada que a vitória no próximo compromisso é necessária. Fundamental. Mas é exatamente isso: a partir das 21h30min desta terça-feira, o Inter precisa vencer o Nacional-URU para seguir na liderança do Grupo F da Libertadores, ficar em situação relativamente confortável e, acima de tudo, para evitar uma turbulência em meio à maratona que vai até os primeiros dias de junho. Para isso, contará, mais uma vez, com um Beira-Rio cheio. E Roger terá ao menos duas novidades na equipe.
Os retornos de Victor Gabriel e Gabriel Carvalho devem ser confirmados na equipe. O zagueiro entra na vaga de Rogel, formando dupla com Vitão. O meia jogará pela direita, deixando Vitinho de fora. Não estão descartadas outras trocas, o técnico demonstrou preocupação com as questões físicas. As partidas em meios e finais de semana impedem uma recuperação física adequada, e só rodando o grupo é possível dosar a energia. Por isso não será surpresa se mais algum titular habitual iniciar o jogo no banco. Bruno Henrique, por exemplo, poderia ser esse jogador.
A entrada de Victor Gabriel devolve Vitão à direita, seu lado preferencial. A dupla, eleita melhor do Gauchão, se reencontra justamente após a final do Estadual. O zagueiro canhoto se lesionou na decisão contra o Grêmio e só retorna agora. Juninho, seu reserva imediato, também está de volta, como opção no banco.
Já Gabriel Carvalho muda um pouco também o estilo. Wesley segue na esquerda, como alternativa de velocidade e desafogo, e o jovem vendido ao Al Qadisiyah dá outra característica ao setor, na comparação com Vitinho. Quem explica é Roger:
— Tanto Bruno Tabata quanto Gabriel Carvalho têm um jogo interno com mais lucidez nos meios corredores. Dão controle melhor do meio.
Assim, o time volta a ter um velocista, Wesley, e um meia de origem, Gabriel Carvalho. Foi com essa formatação que a equipe atingiu 16 jogos de invencibilidade no Brasileirão de 2024. Um jogador dá o escape, o outro traz controle.
Com esse desenho, o técnico tenta recuperar o nível de atuação de outros tempos. Por mais que tenha vivido recentemente 17 jogos sem perder, já se vão três sem ganhar. O técnico tratou de tirar o peso dessa sequência e atribuiu à parte física uma eventual queda de rendimento:
— As adversidades vão acontecer, os adversários também causam isso. Não vamos jogar bem todas as partidas. A sequência de jogos seguidos vai pesar na tomada de decisão, vai pesar na perna. Não tem nada com que precise me preocupar neste momento, mantemos um bom nível.
Para compensar essa questão física e dar novo ânimo ao time, a torcida fará sua parte. A direção anunciou, na segunda, que mais de 30 mil colorados haviam garantido presença no estádio. São esperadas 45 mil pessoas para o duelo da terceira rodada. O Inter abre o dia em primeiro lugar com os mesmos quatro pontos do Bahia, mas acima no saldo de gols, 3 a 1. O Atlético Nacional-COL tem três pontos. O Nacional-URU, zero.
É contra esse adversário em busca de salvação que o Inter tenta recuperar o melhor futebol de poucos dias atrás. E dar o salto que precisa na Libertadores para seguir sonhando alto na temporada 2025.