Sarah Silva Domingues, 28 anos, foi assassinada no útimo dia 23, enquanto fazia um trabalho na Rua do Pescador; entre os presos, estão dois executores do crime, que não tinha a jovem como alvo
A polícia prendeu nesta terça-feira (6) cinco pessoas suspeitas de envolvimento na morte de Sarah Silva Domingues, 28 anos, estudante da UFRGS que foi assassinada em Porto Alegre no útimo dia 23, enquanto fazia um trabalho de faculdade na Rua do Pescador, na Ilha das Flores, bairro Arquipélago.
Por volta das 19h30min daquela noite, Sarah foi atingida por tiros disparados por homens que passaram em uma moto pelo local, e não resistiu. A Polícia Civil afirma que a aluna não tinha qualquer ligação com o crime. Segundo as investigações, o alvo seria o dono de um mercadinho Valdir dos Santos Pereira, 53 anos, que também foi morto no mesmo ataque
Os presos seriam o mandante do assassinato, dois executores e outras duas pessoas que teriam envolvimento com o crime. As prisões ocorrem em meio à Operação Flor de Lótus. Os mandados foram cumpridos em diferentes endereços de Porto Alegre e Região Metropolitana.
Mais detalhes serão divulgados em entrevista coletiva para a imprensa marcada para as 8h45min desta terça-feira.
A estudante Sarah Silva Domingues nasceu em Cotia, na região metropolitana de São Paulo. Se mudou para Porto Alegre em 2015, após passar no vestibular de Arquitetura e Urbanismo. Na Capital, morou na casa do estudante e passou a se destacar em movimentos de lutas por direitos.
Aos 28 anos, estava prestes a se formar e estava finalizando o trabalho de conclusão do curso (TCC), em que estudava as enchentes na região das ilhas de Porto Alegre. Na tarde do dia 23 de janeiro, fazia pesquisa de campo na Ilha das Flores. Depois dali, voltaria para a casa onde morava com o namorado há cerca de sete meses. O casal, que vinha planejando uma festa de casamento após a formatura de Sarah, já tinha planos para aquela noite.
O corpo de Sarah foi velado em meio a centenas de amigos e colegas, no prédio da Faculdade de Arquitetura da UFRGS, mesmo local onde ela teria uma reunião com a orientadora do TCC naquela tarde.
Amigos e colegas conseguiram arrecadar recursos para pagar o traslado do corpo da jovem ao Estado de São Paulo. Uma vaquinha foi realizada pelas redes sociais para arrecadar cerca de R$ 24 mil.