Grupo se destacou com site para alfabetização de crianças, e foi premiado no South Summit, na Capital
Utilizar uma plataforma de ensino interativo para promover a leitura e escrita. Essa foi a proposta das alunas Heloisa Salvi, Eduarda Merlini e Bruna Portela, orientadas pela professora Luciana Penteado, de Carlos Barbosa, que levaram o primeiro lugar no HackaTechê 2024, projeto que valoriza práticas docentes e a conexão de alunos às soluções tecnológicas e ao ecossistema de inovação do Rio Grande do Sul. A premiação foi na tarde desta quinta-feira (21), durante o South Summit Brazil, em Porto Alegre.
Além de troféus, as integrantes da Equipe Alpha receberam uma viagem para o South Summit Espanha, que acontece em Madri, de 5 a 7 de junho.
As alunas do 3º ano do Ensino Médio da Escola Elisa Tramontina competiram com outros 250 projetos de escolas da rede estadual. A proposta finalista, agora premiada, apresenta o site ALPHA Betizando como aliado no ensino dos anos iniciais.
A criação da plataforma iniciou em 2022, quando as estudantes se debruçaram em um projeto científico para ajudar crianças com dificuldade em ler e escrever no pós-pandemia.
— O primeiro passo foi pesquisar índices de alunos dos anos iniciais com dificuldade no processo de alfabetização. A partir disso, elas começaram a desenvolver esta plataforma para ajudar tantos professores, quanto os estudantes — explica a professora Luciana.
Todo o conteúdo do site foi criado pelo trio de estudantes, com suporte de psicóloga, fonoaudióloga e professores da escola. Durante os testes, a eficiência do projeto foi comprovada: uma criança com dificuldade de aprendizado foi alfabetizada utilizado a metodologia desenvolvida por Bruna, Heloisa e Eduarda.
A plataforma, que pode ser livremente acessada, conta com uma área exclusiva para professores. Há conteúdos diferenciados, como trilha de processos de evolução e jogos no formato digital ou disponíveis para impressão.
Há 13 anos, a Escola Elisa Tramontina incorporou o desenvolvimento de projetos científicos na grade de aulas. Desde então, estudos elaborados por alunos e professores concorrem em maratonas e feiras de todo o país.
Em 2021, na primeira edição do HackaTchê, a escola levou o segundo lugar. A conquista de agora se soma a uma trajetória premiada que ainda pode crescer. Neste ano, a escola também é finalista da 22ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), com um projeto de educação inclusiva para autistas.
Para a diretora da escola, Rosane Giussani, o diferencial da Elisa Tramontina é promover o trabalho conjunto entre estudantes e professores.
— Os projetos científicos são atividades em que professores e alunos pesquisam juntos, realizam testes e, consequentemente, os aproxima. Juntos, eles constroem um conhecimento genuíno que vai além dos livros didáticos. É um conhecimento para a vida — comenta Rosane.