Jonas Diniz da Silva foi detido em 22 de outubro por suspeita de envolvimento na morte da companheira, Priscila Diniz. A soltura ocorreu após a confirmação da polícia de que ele não teve envolvimento no crime
Jonas Diniz da Silva, de 41 anos, foi solto após 43 dias de prisão por suspeita de envolvimento na morte da esposa, Priscila Diniz, 34 anos, em Novo Hamburgo, em 12 de outubro. Segundo a delegada Marcela Ehler, responsável pela investigação, o homem não teve participação no homicídio.
A delegada informou que pediu a soltura de Silva devido a comprovação de que o investigado não participou do crime. Com isso, a 1ª Vara da Comarca de Novo Hamburgo revogou a prisão do viúvo, que deixou a Penitenciária Modulada de Montenegro por volta das 22h de segunda.
Silva estava preso desde 22 de outubro por suspeita de envolvimento na morte da companheira. Ela foi morta a tiros em frente ao restaurante da família dez dias antes.
Além de Silva, outras três pessoas, sendo uma delas a mãe dele, Terezinha Diniz da Silva, foram presas por envolvimento no crime. Eles seguem detidos temporariamente.
O Tribunal de Justiça (TJ) e o Ministério Público (MP) foram procurados pela reportagem de Zero Hora e se manifestaram sobre a soltura. O TJ confirma o pedido da delegada e que o homem colaborou com a investigação. Conforme o órgão, a prisão temporária possui um prazo máximo de duração, fixado em lei, o qual, no presente caso, se encerraria nos próximos dias.
Já o MP disse que aguarda a remessa do inquérito sobre caso ao Poder Judiciário para eventual manifestação. A previsão, conforme a delegada, é de conclusão do inquérito policial ainda nesta semana. A motivação por trás do crime não foi divulgada.
Priscila foi alvo de tiros por volta das 6h30min do dia 12 de outubro. Ela foi surpreendida por dois homens quando chegava em uma moto Biz para abrir o restaurante.
Um deles desceu da moto e se dirigiu até a mulher, imobilizando-a e disparando contra ela. A arma falhou várias vezes, mas a vítima acabou atingida por um tiro na nuca.
Os criminosos fugiram, levando a Biz, e Priscila ficou caída no chão por alguns minutos até receber socorro. Ela foi encaminhada ao Hospital Municipal de Novo Hamburgo, onde ficou internada por dois dias.
A morte de Priscila foi confirmada por volta das 14h10min do dia 14 de outubro. O velório aconteceu no dia seguinte, no crematório e cemitério Parque Jardim da Memória.
No dia em que Priscila morreu, Jonas conversou com a reportagem de Zero Hora, relatando tristeza pelo fato. Ele chegou a definir a comerciante como uma mulher batalhadora e querida.
“De acordo com a resposta obtida com o juízo, o suspeito foi solto a pedido da autoridade policial, por ter prestado depoimento e ter colaborado com a investigação. A prisão temporária possui um prazo máximo duração, fixado em lei, o qual, no presente caso, se encerraria nos próximos dias.
Além disso, a prisão temporária deve subsistir enquanto for imprescindível para as investigações do inquérito policial.
Assim, se a própria Autoridade policial, que possui o contato mais próximo com o crime e com eventuais envolvidos, pede a revogação da prisão, pressupõe-se que a liberdade do suspeito não representa prejuízo à investigação ou risco para segurança pública.”
“O Inquérito Policial ainda está com a Polícia Civil. O MP aguarda a remessa para eventual manifestação.”