Laudo aponta que surto de rotavírus em Santa Maria teve origem na água da UFSM - Agora Já -

Laudo aponta que surto de rotavírus em Santa Maria teve origem na água da UFSM



Estudantes da universidade apresentaram sintomas no fim de setembro. Ao todo, foram confirmados 467 casos, segundo a Secretaria Municipal de Saúde

Foto: Estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) manifestaram sintomas da doença no fim de setembro. Fernanda Ramos / especial
12 de novembro de 2024

Um laudo emitido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) encontrou rotavírus em amostras de água coletadas na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e enviadas ao Rio de Janeiro para análise.

O documento chegou ao conhecimento da Secretaria Municipal de Saúde de Santa Maria na última semana. As amostras de alimentos enviadas ao Laboratório Central do Estado (Lacen) ainda não foram conclusivas e as autoridades aguardam os resultados.

De acordo com a secretaria da Saúde do município, o surto foi controlado há cerca de duas semanas pela ausência de mais casos relacionados. Conforme a pasta municipal, do início do surto até o seu final, foram confirmados 467 casos de rotavírus.

As primeiras suspeitas ocorreram no dia 27 de setembro, quando estudantes da UFSM manifestaram sintomas do rotavírus, principalmente diarreia e vômito. Na época, a universidade chegou a cancelar atividades presenciais por três dias.

A UFSM se manifestou através de nota. A instituição pontuou que antes mesmo de receber o laudo, já havia intensificado o monitoramento da qualidade da água, aumentando o percentual de cloro utilizado para desinfecção, dentro dos padrões de segurança exigidos pelas normas de saúde pública. Em resposta imediata, o poço com indicação de contaminação foi isolado e desde então está fora de uso. A partir do recebimento do laudo, a UFSM relata que passou a realizar testes diários antes e depois do dosador de cloro, para assegurar o processo de cloração e eliminação de contaminantes.

Leia a nota da UFSM na íntegra

“A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) informa que, diante dos primeiros indícios de um surto de rotavírus, iniciou imediatamente testes internos de monitoramento da qualidade da água no campus que não detectaram a presença de coliformes totais nem da bactéria Escherichia coli (E. coli), indicando que a água distribuída estava dentro dos padrões de segurança e potabilidade exigidos. 

Posteriormente, a Vigilância Sanitária de Santa Maria realizou testes complementares que identificaram rotavírus inativo na água bruta nos reservatórios. A análise específica para detecção viral foi conduzida pela Fiocruz/RJ, uma instituição com tecnologia para detecção viral.

Antes mesmo de receber o laudo, a UFSM já havia intensificado o monitoramento da qualidade da água, aumentando o percentual de cloro utilizado para desinfecção, dentro dos padrões de segurança exigidos pelas normas de saúde pública.

É importante destacar que, apesar da confirmação tardia do laudo, a UFSM já havia adotado medidas preventivas em estreita cooperação com a Vigilância Sanitária para assegurar a qualidade da água distribuída. Em resposta imediata, o poço com indicação de contaminação foi isolado e desde então está fora de uso. A partir do recebimento do laudo no final de outubro, a UFSM passou a realizar testes diários antes e depois do dosador de cloro, para assegurar o processo de cloração e eliminação de contaminantes. Essas análises visam garantir que o sistema de cloração assegure a potabilidade da água.

Ressaltamos que o aumento do cloro, cancelamento das aulas e outras ações contribuíram para contenção do surto. Desde então, o número de casos foi estabilizado e o surto foi oficialmente considerado encerrado.

A UFSM permanece comprometida com a segurança e o bem-estar de sua comunidade, atuando com transparência e responsabilidade em cooperação com as autoridades de saúde”.

Fonte : GZH 
Foto : Fernanda Ramos / especial

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